Em mais uma tentativa de levar pra frente a obra do Centro Municipal de Belas Artes de Campo Grande, que já se tornou um histórico “elefante branco” na cidade, após mais de 30 anos inacabado, a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Pùblicos (Sisep) retornou a obra, que está sob a supervisão direta de uma arquiteta da pasta, e promete entregar 20% do espaço em março de 2024.
Antes desta nova investida para concluir esta porção do espaço, a obra foi paralisada duas vezes: uma quando a empresa contratada não estava cumprindo o cronograma e outra vez porque a planilha de custos estava desatualizada.
Agora, a construção está sendo acompanhada de perto pela arquiteta da Sisep, Perla Larsen que está acompanhando a evolução da obra. Ao Correio do Estado, ela disse que tudo foi retomado há dois meses e a pretensão é seguir o plano e entregar o trabalho nos primeiros meses do ano que vem.
CONTINUA DEPOIS DO ANÚNCIO
Não há informações se a planilha foi atualizada e qual o novo valor empenhado, no entanto, a arquiteta garante que não houve mudanças no projeto e o lugar ainda será destinado para a cena cultural e artística da cidade.
“Os projetos estão sendo ajustados apenas para ficar de acordo com as planilhas, mas não há alteração de como vai ser e nem do que vai ser. Ainda será um prédio para a cultura”, afirmou.
Em visita ao local ainda este ano, a reportagem do Correio do Estado conferiu que algumas partes do prédio chegaram a ficar prontas, mas foram depredadas no período em que não houve movimentação no prédio, quando o trabalho foi interrompido por causa das planilhas de orçamentos desatualizadas.
CONTINUA DEPOIS DO ANÚNCIO
Pisos, azulejos, louças e outras partes foram quebradas nos banheiros e as salas destinadas para palco de teatro, dança e música também foram vandalizadas. No entanto, de acordo com Carlos Gomes, representante da empresa executora da obra, tudo já foi revitalizado e, sem os estragos, o serviço vai avançar.
Ele ainda explicou que agora o local conta com um ponto de apoio da Guarda Civil Metropolitana, que cuida da segurança e garante que a estrutura não será danificada novamente.
“A obra começou a avançar e vai ficar mais protegida. Os projetos pendentes já foram finalizados e vamos dar andamento normalmente”, afirmou.O Correio do Estado também conversou sobre o empreendimento com o vereador Ronilço Guerreiro (PODEMOS), que também está acompanhando o andamento dos trabalhos no local.
CONTINUA DEPOIS DO ANÚNCIO
“Vamos tentar cobrar que a área dois seja usada para ser um centro de convenções”, afirmou Guerreiro, se referindo à porção do prédio que não está no projeto atual e, até então, será reformada apenas quando a obra atual terminar.
O vereador ainda sugeriu que este outro espaço seja revitalizado por meio de uma parceria público-privada, ideia que já foi aventada pela prefeitura em uma das tantas vezes em que o Executivo prometeu entregar a edificação pronta.
“Sugiro uma parceria público-privada para que aquela outra parte possa ser um centro de exposições para serem realizadas feiras, como de sapatos, vestuários, artesanatos. Seria um lugar bem bacana”, disse.
Reprodução Correio do Estado