O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) deflagrou na manhã desta terça-feira (10) a Operação Calígula, para desarticular um grupo envolvido em casas de apostas e bingos. Entre os alvos, estão o contraventor Rogério de Andrade, o PM reformado Ronnie Lessa — réu pela morte da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes — e outras 27 pessoas.

 

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Até agora, cinco pessoas já foram presas. De acordo com as investigações, Rogério e Ronnie abriram casas de apostas e bingos na Zona Oeste do Rio pelo menos desde 2018.

Agentes da Polícia Militar e Civil também são alvos dos mandados. Entre eles, os delegados Marcos Cipriano de Oliveira Mello e Adriana Cardoso Belem.

 

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Foram denunciadas 30 pessoas pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

De acordo com as denúncias oferecidas pelo MPRJ, Rogério e o filho, Gustavo Andrade, comandam uma estrutura criminosa organizada, voltada à exploração de jogos de azar não apenas no Rio de Janeiro, mas em diversos outros estados.

 

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Quase R$ 2 milhões em casa de delegada são apreendidos

Atualmente lotada na Diretoria de Pessoal da Polícia Civil, a geladeira da corporação, a delegada Adriana Cardoso Belém, que por anos foi titular da 16ª DP (Barra da Tijuca), é um dos alvos da Operação Calígula.

Na casa da policial, os investigadores encontraram quase R$ 1,7 milhão em espécie armazenado em sacolas de lojas famosas de roupas.

 

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Belém entregou a titularidade da distrital que comandava em janeiro de 2020, um dia depois de o chefe do Setor de Investigações (SI) da delegacia ser preso na operação Os Intocáveis II.

De acordo com o Ministério Público (MP) do Rio, Jorge Luiz Camillo Alves é suspeito de dar apoio a milicianos que atuam na Zona Norte do Rio, como os da Muzema, alvos de investigação pela qual era responsável. Naquele ano, a delegada chegou a se candidatar para o cargo de vereadora no Rio, pelo PSC, mas não foi eleita.

 

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Além do chefe de investigações, outro policial da 16ª DP foi preso, também por suspeita de envolvimento com a milícia: Alex Fabiano Costa de Abreu. Ele e Camillo receberiam propina dos paramilitares. De acordo com o MP, além dos dois agentes, outros sete policiais (um civil e seis PMs) teriam ligações com milicianos.

O Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) do MP do Rio, em sua denúncia da Intocáveis 2, pediu que cópias do relatório produzido durante a investigação fossem enviadas para a 23ª Promotoria de Investigação Penal da 1ª Central de Inquéritos, com o objetivo de que seja apurada a conduta da delegada Adriana Belém à frente da 16ª DP (Barra da Tijuca).

 

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Além dela, a promotoria também cita o nome do delegado Marcos Cipriano de Oliveira Mello, titular da Delegacia de Defraudações, como suspeito de eventual "prática delituosa".

De acordo com o MP, Camillo — preso em casa — foi flagrado em uma "intensa sequência de diálogos" com Ronnie Lessa, acusado de executar Marielle e Anderson junto com Élcio de Queiroz. O MP chegou a esse policial civil graças à análise de um telefone celular apreendido na Operação Lume, durante a qual Lessa e Queiroz foram presos.

 

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O policial era tratado por Lessa como o “Amigo da 16”, em referência à delegacia da Barra da Tijuca, informou o MP. Segundo o órgão, o tratamento se repetia em "em vários trechos dos diálogos".


 

Reprodução Yahoo Noticias


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