O ministro das Finanças alemão, Christian Lindner, disse nesta quarta-feira (2) que as potências do G7 estão estudando medidas para impedir que indivíduos e entidades russas alvos de sanções pela invasão da Ucrânia usem criptomoedas para contornar dispositivos de controle.

 

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"Devemos tomar medidas para impedir que pessoas e instituições dessa lista usem criptomoedas que não são regulamentadas. Atuamos nesse sentido no âmbito da presidência alemã do G7", disse Lindner em comunicado.

Além do G7, a Comissão Europeia também estuda se criptoativos estão sendo utilizados para contornar as sanções, segundo um funcionário de alto escalão da União Europeia ouvido pela agência Reuters.

 

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As compras de criptomoedas em rublos dispararam para níveis recordes desde que os Estados Unidos e seus aliados ocidentais lançaram um pacote de sanções para prejudicar a moeda e o setor bancário russos, levando o rublo a registrar queda histórica.

Os russos correram para os criptoativos na esperança de encontrar neles um valor de refúgio, como o bitcoin, que funciona em uma rede descentralizada. Nenhuma entidade central pode ser sancionada ou impedir que os usuários acessem essas criptomoedas.

 

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A bolsa de criptomoedas Binance, no entanto, bloqueou contas de qualquer cliente russo alvo de sanções.

O ministro alemão não especificou quais medidas estão sendo consideradas para limitar o uso dessas moedas digitais.

 

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A princípio, os governos poderiam pedir às plataformas que limitassem o acesso a determinados usuários, como a Ucrânia fez recentemente com contas russas.

O uso de criptomoedas para resistir a sanções econômicas não é novidade, em países como Irã ou Coreia do Norte, que também estão sujeitos a sanções econômicas, é comum.

 

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Um funcionário graduado da UE disse à Reuters que o bloco está ciente de que os criptoativos são uma "possível rota de evasão" para evitar sanções.

A Comissão Europeia tem lido reportagens na imprensa e também tem recebido informações diretamente, disse o funcionário.

 

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O representante da UE afirma que o aumento no valor de alguns desses ativos pode ser uma resposta às tentativas de contornar as sanções. Segundo ele, o tópico está sendo analisado, mas nenhuma decisão foi tomada.


 

Reprodução Correio do Estado


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