A Justiça dos Estados Unidos proibiu o Citibank de resgatar aproximadamente US$ 500 milhões — cerca de R$ 2,7 bilhões —, transferidos por engano para a conta de credores do grupo cosmético Revlon. A decisão foi deferida nesta terça-feira, 16, e cabe recurso.

Foto: Reprodução
 

O acidente, que ganhou as manchetes como um dos maios erros bancários da história de Wall Street, chegou aos tribunais em agosto do ano passado, quando o Citibank deveria transferir cerca de US$ 8 milhões em juros para os credores referentes a um empréstimo feito pelo conglomerado de cosmético.

Porém, em um ato falho, o operador acabou depositando a soma total de juros, uma soma de US$ 900 milhões. Depois de entrar na Justiça, 10 fundos de credores se recusaram a devolver o dinheiro, somando aproximadamente meio bilhão de dólares.

 

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De acordo com agências internacionais, geralmente o sistema judiciário norte-americano obriga a devolução dos valores. Desta vez, no entanto, o juiz Jesse Furman, do Tribunal Distrital dos EUA em Manhattan, deu razão para os fundos que receberam o montante por acidente já que os credores teriam motivos para acreditar que a transferência não havia sido acidental.

“Acreditar que o Citibank, uma das instituições financeiras mais sofisticadas do mundo, tinha cometido um erro que nunca tinha acontecido antes, no valor de quase US$ 1 bilhão, teria sido irracional”, afirmou o magistrado.

A instituição financeira refutou a decisão e afirmou que vai recorrer.

“Acreditamos que temos direito ao valor e vamos atrás da recuperação completa”, disse Danielle Romero-Apsilos, um porta-voz do Citi.

A defesa dos credores afirmou que a decisão deixava seus clientes “extremamente satisfeitos”, mas a alegria pode durar pouco. Na mesma decisão, o juiz determinou que os US$ 500 milhões transferidos por engano não podem ser movimentados até que novo julgamento seja realizado.


 

Reprodução Jovem Pan


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